Lembro-me como se fosse hoje, Dona Tânia, nossa professora de Ciências, nos comunicando que iríamos fazer uma pesquisa de campo. Fiquei maravilhada com as palavras novas.
Ela nos explicou que iríamos ao Zoológico de São Paulo. Tínhamos como missão observar o comportamento dos animais em cativeiro e nos integrarmos com outros alunos da escola.
Tudo era encantador e mágico para uma menina da 6ª série, que saia pela primeira vez para essa tal pesquisa de campo.
Anotar os nomes dos animais, os termos científicos e seu compotamento, tudo isso introduziu o conceito de biodiversidade sem eu saber o que acontecia. Dona Tânia nos explicara que existia uma diversidade muito grande de animais, cada um com suas especificidades. Nos disse, ainda, que cada lugar era único, funcionando de um jeito próprio e que mesmo em cativeiro teríamos uma "ideia" de como um animal se comporta naquele habitat.
Esse mundo de palavras desconhecidas aguçava minha curiosidade. De alguma forma, queria participar desse universo e, recordar desses acontecimentos tantos anos depois me deixa agradecida.
Estou aqui escrevendo sobre Biodiversidade e lembrei-me de algo tão importante na minha formação: existem pessoas que cruzam o nosso caminho e são inesquecíveis. Pensar em biodiversidade me remete a uma pessoa encantadora que um dia me disse que eu não era um caso perdido.
Profª Silvana Olintras