terça-feira, 7 de setembro de 2010

PASSEIO AO CONHECIMENTO (NARRATIVA)

Lembro-me como se fosse hoje, Dona Tânia, nossa professora de Ciências, nos comunicando que iríamos fazer uma pesquisa de campo. Fiquei maravilhada com as palavras novas.
Ela nos explicou que iríamos ao Zoológico de São Paulo. Tínhamos como missão observar o comportamento dos animais em cativeiro e nos integrarmos com outros alunos da escola.
Tudo era encantador e mágico para uma menina da 6ª série, que saia pela primeira vez para essa tal pesquisa de campo.
Anotar os nomes dos animais, os termos científicos e seu compotamento, tudo isso introduziu o conceito de biodiversidade sem eu saber o que acontecia. Dona Tânia nos explicara que existia uma diversidade muito grande de animais, cada um com suas especificidades. Nos disse, ainda, que cada lugar era único, funcionando de um jeito próprio e que mesmo em cativeiro teríamos uma "ideia" de como um animal se comporta naquele habitat.
Esse mundo de palavras desconhecidas aguçava minha curiosidade. De alguma forma, queria participar desse universo e, recordar desses acontecimentos tantos anos depois me deixa agradecida.
Estou aqui escrevendo sobre Biodiversidade e lembrei-me de algo tão importante na minha formação: existem pessoas que cruzam o nosso caminho e são inesquecíveis. Pensar em biodiversidade me remete a uma pessoa encantadora que um dia me disse que eu não era um caso perdido.
Profª Silvana Olintras

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

TEXTO DISSERTATIVO / ARTIGO

DISSERTAR é expor, explicar, discutir uma ideia, manifestar um ponto de vista sobre determinado assunto.
Os autores procuram demonstrar o que pensam sobre o tema abordado.
O texto dissertativo geralmente apresenta-se organizado em três partes:
1. INTRODUÇÃO
É constituída por um ou dois parágrafos em que se apresenta a ideia central a ser desenvolvida. Resume de maneira clara e objetiva a intenção do autor.
2. DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento é a parte em que são apresentados os diferentes aspectos da ideia central; constitui a fundamentação exigida pela primeira parte do texto.
3. CONCLUSÃO
É a retomada da ideia central, de uma maneira mais convincente, mais direta, mais generalizante. Serve para lembrar ao leitor o significado e o objetivo do texto que acabou de ler. Deve, pois, ser coerente e bem formulada para que o leitor não se sinta confuso ou decepcionado com a exposição.
ELABORAÇÃO DE UM PLANO
Antes de começar a escrever, é preciso elaborar um plano, selecionando e ordenando os aspectos que nos poderão ajudar a convencer o nosso leitor. Para isso você pode:
  • formular uma ou duas frases que resumam as questões que serão discutidas no texto;
  • relacionar uma série de aspectos, opiniões, argumentos e exemplos que fundamentem a proposição inicial;
  • redigir uma conclusão sintética e abrangente o bastante para permitir que seu leitor entenda com clareza o que você pretendeu demonstrar. Você pode terminar seu texto com uma frase que resuma a argumentação, com uma citação, uma sugestão ou uma frase de efeito.

O TEXTO FINAL

Quando terminar seu texto, leia-o com atenção verificando se você obedeceu aos seguintes aspectos:

  • expôs com clareza seu pensamento;
  • já deixou clara na introdução a ideia que pretendia transmitir;
  • usou argumentos e exemplos no desenvolvimento, para justificar as afirmações feitas;
  • retomou a argumentação na conclusão, afirmando algo que serviu de "fecho" para o que vinha sendo desenvolvido, sem acrescentar dados complementares estranhos à exposição;
  • criou um título interessante e adequado à ideia principal desenvolvida no texto;
  • não cometeu erros de grafia, pontuação, concordância;
  • não deixou trechos soltos, desconexos ou incoerentes, sem sentido.





quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DA BIODIVERSIDADE

Uma das consequências da intervenção humana sobre o meio ambiente é a elevação da temperatura média global, provocada pela intensificação do efeito estufa. Esse fato está na raiz dos problemas que vão do degelo nas regiões polares à desertificação em países da África, Ásia e América Central, em especial o México. O aumento de 1 grau na temperatura média pode parecer insignificante, mas é suficiente para alterar todo o clima de uma região e afetar profundamente sua biodiversidade.


Os últimos anos assistiram a uma evolução no foco das atividades ambientalistas. No início, ele se concentrava na defesa de algumas espécies ameaçadas, agora considera-se que a conservação dos ecossistemas, aliada ao desenvolvimento sustentável, é vital para a manutenção e evolução da biodiversidade.


De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), cerca de 12% das terras do mundo estão protegidas por lei, o dobro do que havia no início da década de 1990. Em muitos casos, essas medidas nunca sairam do papel. Nos oceanos, a situação é critica, menos de 1% dos ambientes marinhos está sob algum tipo de proteção.


As discussões atuais sobre proteção ambiental procuram promover o desenvolvimento sustentável, ou seja, o crescimento econômico que garante o acesso ao consumo e ao bem-estar material e, ao mesmo tempo, preserva o meio ambiente e as tradições culturais e sociais dos povos.
Assim, somos responsáveis direta e indiretamente na destruição do nosso planeta e se não mudarmos de atitude, as gerações futuras não saberão o que é natureza.

Profª Ursula Farias

A TEIA DA VIDA

A biodiversidade pode ser descrita como uma imensa variedade de seres vivos existentes no planeta, contudo ecologicamente acredita-se que o termo vai além da explicação estrutural da palavra.
Biodiversidade está diretamente ligada ao comportamento do homem, que na maioria das vezes coloca-se numa posição superior aos outros seres vivos, esquecendo-se de que necessita tanto dos fatores bióticos como dos abióticos presentes no planeta para garantir sua existência. O simples fato de reduzir a biodiversidade à "tradução" do termo já determina o quanto a espécie humana ignora tudo que está ao seu redor... Biodiversidade vai além de variedade biológica, inclui principalmente uma ação em conjunto de todos os seres vivos no sentido de preservar o planeta para garantir a sobrevivência das futuras gerações.
É preciso muito mais que reuniões esporádicas entre chefes de Estado para definirem metas, entre elas a redução de emissão de poluentes, como ocorreu num longo processo histórico - Estocolmo (1972), Rio de Janeiro (1992) e Kyoto (2002) - mas que ainda esbarra em políticas egocêntricas que visam apenas lucro e vantagens econômicas. Faz-se necessária a mudança do comportamento humano, principalmente no que se refere a sua posição no ecossistema, o homem é apenas uma parte pequena da teia da vida, não é seu dominador como pensa.
Quando a espécie humana conseguir perceber que faz parte da biodiversidade terrestre, que é uma das espécies que também corre risco de extinção, será muito mais viável falar, discutir e preservar a vida.
Fernanda Pavani Siolla Lopes
(Bacharel em Biologia com ênfase em Educação Ambiental)